É claro que nem perto do ideal está, a situação da vacinação no país. Mas seria má-fé e, até mesmo, leviandade não reconhecer que, ao menos, em Santa Maria, a imunização da população avança agora a passos céleres. Ao observar o Plano Nacional de Imunização (PNI) - tão questionado por alguns, mas que é a métrica oficial adotada -, o município tem colocado de forma organizada e regrada um plano consiste de avanço na tão aguardada vacinação de forma que profissionais da saúde e, agora, grupos prioritários já foram ou estão recebendo a vacina.
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Obviamente que, nestes mais de 70 dias desde a primeira aplicação da dose protetora, percalços ocorreram. Mas tudo compreensível e dentro de um cenário razoável, como exige o momento. Até porque em se tratando de uma pandemia global, querer exigir excelência em tudo desde a largada é, como gostam de dizer, falta de empatia.
Filas aconteceram, pessoas aguardaram (e reclamaram). Mas em se tratando do brasileiro, que tanto tem apreço por uma fila, devemos ponderar que aguardar em pé por uma dose imunizante tão aguardada, é um privilégio. Ainda assim, o descontentamento e o descontrole seguem presente em filas e em redes sociais. E os motivos para a histeria são os mais variados: da desconfiança da origem da vacina ao questionamento de quem, afinal, é prioritários nesta hora.
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Nem por isso, pelo fato de ainda não termos sido contemplados, temos que nos achar no direito de execrar ou segregar aqueles que já foram ou estão sendo vacinados. A equação da imunização não é um jogo de soma zero. Temos que ter maturidade, sensatez e, principalmente, grandeza de ver o óbvio: quanto mais vacinados, melhor. O ganho é coletivo. E, em meio a casos de "fura-fila", desvios de recursos público em licitações fraudulentas para dar uma falsa celeridade no combate à pandemia, Santa Maria vai bem, sim, nesta corrida pela imunização.
